O sábado, um dia sagrado estabelecido por Deus desde a criação, tem sido objeto de controvérsia ao longo da história. Nos tempos de Jesus, os fariseus haviam distorcido o significado desse dia, impondo regras rígidas e pesadas que não refletiam o verdadeiro caráter de Deus. No entanto, Jesus, como Senhor do sábado, veio para restaurar o propósito original desse dia: um tempo para fazer o bem, salvar vidas e se reconectar com o Criador.

Jesus Confronta a Acusação dos Fariseus

Em Marcos 2:23-28, encontramos Jesus e seus discípulos caminhando por um campo de trigo no dia de sábado. Famintos, os discípulos começaram a colher espigas para se alimentar. Os fariseus, ao verem isso, acusaram-nos de transgredir a lei do sábado, pois, segundo a tradição judaica, colher era considerado uma forma de trabalho proibida nesse dia sagrado.

Jesus, então, contestou a acusação dos fariseus, lembrando-os da história de Davi, que, em uma situação de emergência, comeu os pães sagrados reservados aos sacerdotes (1 Samuel 21:1-6). Se Davi e seus homens estavam justificados em se alimentar desses pães, argumentou Jesus, então seus discípulos também estavam justificados em colher espigas para saciar sua fome.

Além disso, Jesus afirmou que “o sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado” (Marcos 2:27). Essa declaração revolucionária revela que o sábado foi criado para o benefício da humanidade, e não como um fardo pesado a ser suportado. Como Senhor do sábado, Jesus tem autoridade para interpretar e ensinar o verdadeiro significado desse dia sagrado.

O Sábado: Um Dia para Fazer o Bem

Em outra ocasião, registrada em Marcos 3:1-6, Jesus entrou na sinagoga no dia de sábado e encontrou um homem com a mão atrofiada. Os líderes religiosos observavam atentamente, esperando que Jesus o curasse para poderem acusá-lo de violar o sábado.

Jesus, conhecendo seus pensamentos, perguntou: “É permitido no sábado fazer o bem ou fazer o mal, salvar a vida ou matar?” (Marcos 3:4). A resposta era óbvia: fazer o bem e salvar vidas são atividades apropriadas para o dia de sábado. Jesus, então, curou o homem, demonstrando que o sábado é um dia para manifestar a compaixão e o amor de Deus.

Ironicamente, enquanto Jesus estava curando e restaurando vidas, seus oponentes estavam conspirando para matá-lo, violando assim o verdadeiro espírito do sábado.

Princípios para a Observância do Sábado

Esses relatos nos ensinam princípios valiosos sobre como devemos observar o sábado hoje:

  1. O sábado é um dia para se reconectar com Deus e experimentar Seu amor e cuidado.
  2. Devemos usar o sábado para fazer o bem, ajudar os necessitados e salvar vidas.
  3. As regras e tradições humanas não devem se sobrepor ao propósito original do sábado.
  4. Jesus, como Senhor do sábado, é nosso exemplo perfeito de como guardar esse dia sagrado.

Ao aplicarmos esses princípios em nossa vida, o sábado se torna uma fonte de alegria, renovação e bênção, em vez de um fardo pesado.

Restaurando o Verdadeiro Significado do Sábado

Ao longo da história, o sábado perdeu seu significado quando o povo de Deus se afastou dEle e falhou em se apropriar da justiça de Cristo pela fé. Satanás tem trabalhado para corromper e distorcer o sábado, pois esse dia é um sinal do poder de Cristo.

No entanto, como cristãos, temos a responsabilidade de restaurar o verdadeiro significado do sábado. Ellen G. White, escreveu:

“Não posso deixar de ser bastante veemente em insistir com todos os membros de nossas igrejas, todos quantos são verdadeiros missionários, todos quantos creem na terceira mensagem angélica, todos quantos vigiam seus pés, para que não profanem o sábado, para que considerem a mensagem de Isaías 58. A obra de beneficência recomendada nesse capítulo é a obra que Deus requer de Seu povo neste tempo. É uma obra indicada por Ele próprio.” (Beneficência Social, página 25).

Essa obra de restauração envolve não apenas guardar o sábado no dia correto, mas também viver de acordo com os princípios que esse dia representa: amor, compaixão, misericórdia e justiça.


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Na época de Jesus, os publicanos, ou cobradores de impostos, eram vistos como pecadores notórios pela sociedade judaica. Eles eram desprezados por colaborarem com o governo romano e por enriquecerem às custas de seus compatriotas. No entanto, Jesus surpreendeu a todos ao chamar Levi, um publicano, para ser Seu discípulo. Essa atitude revolucionária nos ensina lições valiosas sobre como alcançar aqueles que são marginalizados e considerados “pecadores” nos dias de hoje.

A história de Levi nos mostra que Jesus não faz acepção de pessoas. Ele veio para buscar e salvar o que estava perdido, independentemente de sua posição social ou reputação. Quando os escribas questionaram Jesus por se associar com publicanos e pecadores, Ele respondeu: “Não necessitam de médico os sãos, mas, sim, os doentes; eu não vim chamar os justos, mas, sim, os pecadores” (Marcos 2:17). Essa declaração poderosa revela o coração compassivo de Cristo e Seu desejo de alcançar aqueles que mais precisam de Sua graça e misericórdia.

Hoje, os “publicanos” podem ser encontrados em diversos contextos. Eles podem ser os moradores de rua, os dependentes químicos, os presidiários, as prostitutas ou qualquer pessoa que a sociedade considere indigna ou desprezível. No entanto, aos olhos de Deus, cada alma é preciosa e merece ser alcançada com o amor de Cristo. Como seguidores de Jesus, somos chamados a seguir Seu exemplo e estender a mão para aqueles que estão à margem, compartilhando com eles a mensagem transformadora do evangelho.

A Compaixão de Cristo Pelos Pecadores

Quando Jesus chamou Levi para segui-Lo, Ele demonstrou uma compaixão extraordinária pelos pecadores. Jesus não se importava com a reputação de Levi como cobrador de impostos desonesto; Ele via além das aparências externas e enxergava o potencial de transformação em sua vida. Essa mesma compaixão deve impulsionar nosso ministério aos “publicanos” de nosso tempo.

Muitas vezes, tendemos a julgar e condenar aqueles que consideramos pecadores, esquecendo-nos de que nós mesmos, pecadores aos olhos de Deus, já fomos salvos pela graça de Cristo. No entanto, a compaixão de Jesus nos ensina a olhar para os outros com os olhos da misericórdia e do amor. Devemos nos aproximar dos “publicanos” de hoje com um coração cheio de empatia, reconhecendo que todos nós somos pecadores em necessidade da graça salvadora de Jesus.

Quando demonstramos compaixão genuína pelos “publicanos”, estamos refletindo o caráter de Cristo e abrindo portas para que o evangelho seja compartilhado. As pessoas são atraídas por aqueles que as amam e aceitam incondicionalmente, assim como Jesus fez. Portanto, que possamos ser conhecidos como discípulos de Cristo pela forma como tratamos os marginalizados e pecadores, estendendo-lhes a mão da compaixão e do amor.

O Poder Transformador do Evangelho

A história de Levi também nos lembra do poder transformador do evangelho. Quando Jesus o chamou, Levi deixou tudo para trás – sua profissão lucrativa, seus bens materiais e seu estilo de vida pecaminoso – para seguir o Mestre. Essa decisão radical demonstra o impacto profundo que o encontro com Jesus teve em sua vida.

O mesmo poder transformador está disponível para os “publicanos” de hoje. Não importa quão pecaminoso seja o passado de uma pessoa ou quão desesperadora seja sua situação atual, o evangelho tem o poder de mudar vidas de forma radical. Quando compartilhamos a mensagem da cruz e da ressurreição de Cristo, estamos oferecendo esperança e libertação àqueles que estão presos nas garras do pecado.

No entanto, é importante lembrar que a transformação verdadeira vem de dentro para fora. Não podemos mudar as pessoas por meio de nossas próprias forças ou estratégias; é o Espírito Santo que opera no coração dos “publicanos”, convencendo-os do pecado e atraindo-os para Cristo. Nossa tarefa é simplesmente ser fiéis em compartilhar o evangelho e confiar que Deus fará a obra de transformação em Seu tempo e de acordo com Sua vontade.


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