Nas parábolas de Jesus, encontramos lições profundas sobre o Reino de Deus. Em Marcos 4:26-32, Jesus conta duas parábolas que usam sementes para ilustrar como o Reino de Deus funciona e cresce. Essas histórias aparentemente simples carregam verdades poderosas que podem transformar nossa compreensão e fortalecer nossa fé.
Ao estudar essas parábolas, somos convidados a refletir sobre a natureza do Reino de Deus e como ele se manifesta em nossas vidas e no mundo ao nosso redor. Prepare-se para se maravilhar com a sabedoria de Jesus e a beleza de Suas ilustrações, enquanto exploramos as lições contidas na Parábola da Semente que Cresce e na Parábola do Grão de Mostarda.
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A Parábola da Semente que Cresce
A parábola da semente que cresce, encontrada em Marcos 4:26-29, é exclusiva do evangelho de Marcos. Nela, Jesus enfatiza o processo de crescimento do Reino de Deus. Ele diz: “O reino de Deus é como um homem que lança a semente na terra. Ele dorme e acorda, de noite e de dia, e a semente germina e cresce, sem que ele saiba como. A terra por si mesma frutifica: primeiro aparece a planta, depois, a espiga, e, por fim, o grão cheio na espiga” (Marcos 4:26-28).
Essa parábola nos ensina que, embora os seres humanos tenham um papel a desempenhar no crescimento do Reino, é Deus quem faz a obra. O processo pode parecer lento e gradual, mas há um fim definido. Assim como a história termina abruptamente com o amadurecimento do grão, a volta de Cristo trará um fim repentino à história do mundo.
A lição principal dessa parábola é que devemos confiar no poder de Deus para fazer Seu Reino crescer e se expandir, mesmo quando não entendemos completamente como isso acontece. Nossa responsabilidade é semear fielmente a semente da Palavra de Deus e deixar que Ele faça o resto. Que possamos ser encorajados pela promessa de que o Reino de Deus continuará a crescer e a se desenvolver até a volta de Cristo!
A Parábola do Grão de Mostarda
Na parábola do grão de mostarda, encontrada em Marcos 4:30-32, Jesus enfatiza como algo muito pequeno pode se transformar em algo muito grande. Ele diz: “Com que compararemos o reino de Deus? Ou com que parábola o apresentaremos? É como um grão de mostarda que, quando semeado, é a menor de todas as sementes da terra. Mas, tendo sido semeado, cresce e se torna maior do que todas as hortaliças e deita grandes ramos, de tal modo que as aves do céu podem aninhar-se à sua sombra” (Marcos 4:30-32).
As sementes de mostarda são minúsculas, com diâmetro de apenas 1 a 2 milímetros. No entanto, a planta que surge delas, provavelmente a mostarda preta (Brassica nigra), pode crescer até 3 metros de altura. Jesus observou que as aves chegam a fazer ninhos nos ramos da planta da mostarda, uma alusão ao Salmo 104:12 e a Daniel 4:10-12, que falam do poder de Deus manifestado na criação e do sonho de Nabucodonosor, em que ele é simbolizado como uma grande árvore que oferece sombra e alimento a todos.
Através dessa parábola, Jesus ensinou que o Reino de Deus, que começou muito pequeno, se tornará grande e impressionante. Mesmo que as pessoas de Sua época possam ter menosprezado o pregador itinerante da Galileia e Seus discípulos, com o tempo, Seu reino de graça se expandiu em todo o mundo. Essa é uma previsão notável, capaz de fortalecer nossa fé, especialmente quando consideramos como era a “igreja” quando Jesus fez essa predição (Mateus 24:14).
O Poder das Ilustrações de Jesus
Jesus era um mestre em ensinar por meio de ilustrações e parábolas tiradas da natureza e dos acontecimentos familiares da vida diária. Ele associava o natural com o espiritual, ligando os elementos da natureza e a experiência pessoal de Seus ouvintes com as sublimes verdades da Palavra escrita. Dessa forma, sempre que viam os objetos com os quais Ele havia conectado a verdade eterna, eles se lembravam de Suas lições.
Uma das mais belas e impressionantes parábolas de Cristo é a do semeador e da semente. O mesmo que contou essa parábola criou a pequenina semente, deu-lhe as suas propriedades vitais e determinou as leis que lhe governam o crescimento; e Ele a fez uma vívida ilustração da verdade, tanto no mundo natural quanto no espiritual.
Ao proferir Jesus essa parábola, a mostardeira podia ser vista perto e longe, erguendo-se sobre a relva e os cereais, balançando seus galhos levemente no ar. Os pássaros voavam de galho em galho e cantavam entre a folhagem. Contudo, a semente de que surgiu essa planta gigantesca era a menor de todas as sementes. Primeiro despontou um tenro broto; mas possuía bastante vitalidade, cresceu e floresceu até alcançar grande tamanho. Assim, a princípio, o reino de Cristo parecia humilde e insignificante. Comparado com os reinos terrestres, podia se dizer que era o menor de todos. O direito de Cristo de ser Rei era ridicularizado pelos governantes deste mundo. No entanto, o reino do evangelho possuía vida divina nas poderosas verdades confiadas a Seus seguidores. E como foi rápido seu crescimento! Que amplitude de influência!
O Reino de Deus é Diferente
O governo do reino de Cristo é diferente de qualquer governo terrestre. É uma representação do caráter dos que compõem o reino. “A que assemelharemos o reino de Deus?”, perguntou Cristo. “Ou com que parábola o apresentaremos?” Ele não pôde encontrar nada na Terra que servisse como uma comparação perfeita.
A corte de Cristo é presidida pelo santo amor, e seus encargos e designações são agraciados pelo exercício da caridade. Ele encarrega Seus servos de introduzirem a piedade e a benignidade, Seus próprios atributos, no exercício de todos os seus encargos, e de acharem felicidade e satisfação em refletir o amor e terna compaixão da natureza divina.
Que possamos abraçar a beleza e a singularidade do Reino de Deus, permitindo que Seu amor transforme nossas vidas e nos torne reflexos de Seu caráter. Ao fazer isso, seremos testemunhas vivas do crescimento e da expansão de Seu Reino neste mundo, até o dia em que Cristo voltar em glória.
📚 Livros para Referência:
-
- “O Desejado de Todas as Nações” de Ellen White
- “A Bíblia que Jesus Lia” de Philip Yancey
- “Paulo, o Apóstolo da Graça: sua Vida, Cartas e Teologia” de F. F. Bruce
- “Atos dos Apóstolos“, de Ellen White
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