Os 2.300 dias de Daniel 8:14
Miller observou que os eventos preditos se cumpriram: os 400 anos da permanência dos descendentes de Abraão, os 40 anos de peregrinação no deserto, os 70 anos de cativeiro e as 70 semanas destinadas a Israel (Gn 15:13; Nm 14:34; Jr 25:11; Dn 9:24).
Leia Marcos 1:15; Gálatas 4:4; Romanos 5:6. O que esses versos nos dizem sobre o cronograma de Deus para o primeiro advento?
Ao estudar as profecias, comparando verso com verso, Miller concluiu que, se Deus tinha cronogramas na Bíblia, devia haver um cronograma para a segunda vinda de Cristo.
Leia Daniel 8:14. Que evento ocorreria no final dos 2.300 dias?
Miller aceitava a noção popular de que a “purificação do santuário” era a purificação da Terra pelo fogo. Ele estudou as Escrituras para entender um evento tão importante. Descobriu a ligação entre Daniel 8 e Dn 9. O anjo foi instruído: “Explique a visão a esse homem” (Dn 8:16). No fim de Daniel 8, a única parte da visão deste capítulo que não havia sido explicada (Dn 8:27) era sobre os 2.300 dias. Depois, o anjo retornou a Daniel e disse: “Vim para dar a você inteligência e discernimento” (Dn 9:22; Dn 9:23,25-27), em referência à compreensão dos 2.300 dias.
Sabemos disso porque, depois de pedir a Daniel que prestasse “atenção à mensagem e [entendesse] a visão” (Dn 9:23), as primeiras palavras do anjo foram: “Setenta semanas estão determinadas para o seu povo e para a sua santa cidade” (Dn 9:24). A palavra traduzida como “determinadas” significa literalmente “cortadas”. Setenta semanas, 490 anos, deviam ser cortadas. Mas de quê? Da visão dos 2.300 dias, obviamente – a única parte de Daniel 8 que Daniel não havia entendido, e que o anjo tinha vindo explicar.
Visto que o ponto de partida das 70 semanas foi “desde que foi dada a ordem para restaurar e para edificar Jerusalém” (Dn 9:25), Miller sabia que, se tivesse essa data, poderia saber o início das 70 semanas e entender a profecia dos 2.300 dias.
*Este estudo se baseia nos capítulos 18 a 21 do livro O Grande Conflito.
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Comentários
Por meio da natureza, de tipos e símbolos, de patriarcas e profetas, Deus falara ao mundo. As lições deviam ser dadas à humanidade na linguagem da própria humanidade. O Mensageiro da Aliança devia falar. Sua voz devia ser ouvida em Seu templo. Cristo tinha que vir para proferir palavras que fossem compreendidas de forma clara e inequívoca. Ele, o autor da verdade, devia separá-la do joio das opiniões humanas, que a haviam anulado. Os princípios do governo de Deus e o plano da redenção deviam ficar claramente definidos. As lições do Antigo Testamento precisavam ser plenamente apresentadas aos seres humanos. […]
A plenitude dos tempos havia chegado (O Desejado de Todas as Nações, página 22).
“Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado” (Dn 8:14). Seguindo sua regra de deixar que a Bíblia fosse sua própria intérprete, Miller descobriu que um dia na profecia simbólica representa um ano (Nm 14:34; Ez 4:6); viu que o período de 2.300 dias proféticos, ou anos literais, se estenderia muito além do fim da dispensação judaica e que, por esse motivo, ele não poderia se referir ao santuário daquela dispensação. Miller aceitou a opinião, geralmente adotada, de que, na era cristã, a Terra é o santuário e, consequentemente, compreendeu que a purificação do santuário predita em Daniel 8:14 representava a purificação da Terra pelo fogo, por ocasião da segunda vinda de Cristo. Então concluiu que, se fosse possível encontrar o exato ponto de partida para os 2.300 dias, poderia facilmente determinar a época do segundo advento. Assim se revelaria o tempo daquela grande consumação, “tempo em que as condições presentes, com todo o seu orgulho e poder, pompa e vaidade, impiedade e opressão, viriam ao fim”; em que a maldição “seria removida da Terra, a morte seria destruída, seria dado o galardão aos servos de Deus, os profetas e os santos, e aos que temem o Seu nome, e seriam destruídos os que devastam a Terra” (O Grande Conflito, página 277).
O início das 70 semanas é, sem dúvida, fixado em 457 a.C., e seu término em 34 d.C. Depois que as 70 semanas (ou 490 anos) são separadas dos 2.300 anos, restam ainda 1.810 anos. Depois do fim dos 490 dias, os 1.810 dias se cumpririam. Contando do ano 34 d.C., 1.810 anos se estendem até 1844. Portanto, os 2.300 dias de Daniel 8:14 terminam em 1844. Ao ser concluído esse grande período profético, “o santuário [seria] purificado”. Desse modo, foi indicado o tempo em que ocorreria a purificação do santuário, que quase universalmente se acreditava ocorreria no segundo advento. […]
Em 1818, Miller chegou à solene convicção de que, em aproximadamente 25 anos, Cristo apareceria para libertar Seu povo. “Não necessito falar”, diz Miller, “sobre a alegria que encheu meu coração diante de uma expectativa tão agradável e de um desejo profundo de participar da alegria dos salvos. Oh, quão brilhante e gloriosa era a verdade! (O Grande Conflito, páginas 147, 148).
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