No início, era o Verbo. E o Verbo estava com Deus. E o Verbo era Deus. Essas palavras poderosas de João 1:1 não apenas abrem o Evangelho de João, mas também nos introduzem a um dos temas mais profundos e significativos da Bíblia: a divindade e a eternidade de Jesus Cristo. João, inspirado pelo Espírito Santo, nos guia através de uma jornada cósmica que revela verdades eternas sobre Jesus, verdades que remontam a antes da criação do mundo. Este prólogo não é apenas uma introdução, mas um convite para mergulhar na compreensão de quem é Jesus e o que Ele representa para a humanidade.
A Preexistência de Cristo
Cristo, em Sua preexistência, nos leva de volta a eras sem data. Ele assegura que nunca houve um tempo em que Ele não estivesse em íntima comunhão com Deus. As palavras de Cristo, faladas com dignidade e poder, tocaram os corações dos escribas e fariseus, revelando a presença de Deus em suas vidas. Ele era igual a Deus, infinito e onipotente, o Filho eterno e autoexistente. Em Cristo está a vida, original, não emprestada, não derivada. “Aquele que tem o Filho tem a vida” (1 João 5:12). A divindade de Cristo é a garantia do crente para a vida eterna. Jesus disse: “Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo aquele que vive e crê em mim nunca morrerá.”
A preexistência de Cristo é um conceito que desafia nossa compreensão humana do tempo e da existência. Antes que o mundo fosse formado, antes que o tempo como o conhecemos começasse, Cristo já existia. Ele estava em perfeita harmonia com Deus, participando da criação e sustentando todas as coisas. Essa verdade não apenas afirma a divindade de Cristo, mas também nos dá uma visão de Sua autoridade e poder. Ele não é apenas um personagem histórico ou um profeta; Ele é o Criador, o sustentador de tudo o que existe. Essa realidade nos convida a reverenciar e adorar a Cristo, reconhecendo Sua supremacia em nossas vidas.
Além disso, a preexistência de Cristo nos oferece uma esperança inabalável. Saber que Ele é eterno, que Ele sempre foi e sempre será, nos dá confiança em Sua capacidade de cumprir Suas promessas. Ele é imutável, fiel e verdadeiro. Em um mundo onde tudo parece estar em constante mudança, onde incertezas e dúvidas nos cercam, podemos encontrar segurança em Cristo, que é a âncora de nossa fé. Ele nos chama a confiar Nele, a descansar em Sua presença eterna e a viver com a certeza de que Ele está no controle de todas as coisas.
A Vida e a Luz dos Homens
Em Cristo estava a vida, e essa vida era a luz dos homens. Não se trata de vida física, mas de imortalidade, a vida que é exclusivamente propriedade de Deus. O Verbo, que estava com Deus e era Deus, possuía essa vida. A vida física é algo que cada indivíduo recebe, mas não é eterna ou imortal, pois Deus, o doador da vida, pode retomá-la. O homem não tem controle sobre sua vida. Mas a vida de Cristo era não emprestada. Ninguém pode tirar essa vida Dele. “Eu a dou de mim mesmo”, Ele disse. Em Cristo estava a vida, original, não emprestada, não derivada. Essa vida não é inerente ao homem. Ele só pode possuí-la através de Cristo.
A luz que Cristo traz ao mundo é uma metáfora poderosa para a verdade e a revelação divina. Assim como a luz física ilumina nosso caminho e nos permite ver claramente, a luz de Cristo ilumina nossas almas, revelando a verdade de Deus e guiando-nos em nosso caminho espiritual. Essa luz é essencial para nossa compreensão de quem Deus é e do que Ele deseja para nossas vidas. Sem essa luz, estaríamos perdidos na escuridão do pecado e da ignorância espiritual. Cristo, como a luz do mundo, nos chama a segui-Lo, a viver em Sua luz e a refletir essa luz para os outros.
Ademais, a vida que Cristo oferece é uma vida abundante e eterna. Ele não apenas nos dá a promessa de vida após a morte, mas também nos oferece uma vida plena aqui e agora. Essa vida é caracterizada por um relacionamento íntimo com Deus, pela paz que excede todo entendimento e pela alegria que vem de conhecer e seguir a Cristo. Ele nos convida a experimentar essa vida em sua plenitude, a viver com propósito e significado, e a compartilhar essa vida com aqueles ao nosso redor. Em Cristo, encontramos a verdadeira vida, uma vida que nunca pode ser tirada de nós.
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A Encarnação do Verbo
O mistério da encarnação é um dos aspectos mais profundos e maravilhosos da fé cristã. O Verbo, que era Deus, tornou-se carne e habitou entre nós. Essa verdade é central para o Evangelho de João e para toda a mensagem cristã. A encarnação significa que Deus não permaneceu distante e inacessível, mas escolheu entrar em nossa história, viver entre nós e experimentar nossas alegrias e dores. Em Jesus, vemos a plenitude de Deus revelada em forma humana. Ele é Emanuel, Deus conosco, que veio para nos salvar e nos reconciliar com o Pai.
A encarnação também nos revela o amor incomensurável de Deus por nós. Ele não apenas nos criou, mas também nos amou tanto que estava disposto a se tornar um de nós para nos resgatar do pecado e da morte. Essa demonstração de amor é incomparável e nos chama a responder com amor e gratidão. Em Jesus, vemos o caráter de Deus em ação: Sua compaixão, misericórdia e graça. Ele nos convida a seguir Seu exemplo, a amar como Ele amou, a servir como Ele serviu e a viver como Ele viveu.
Finalmente, a encarnação nos desafia a viver de maneira que reflita a presença de Cristo em nós. Como seguidores de Jesus, somos chamados a ser Suas testemunhas, a compartilhar Sua mensagem de amor e salvação com o mundo. A encarnação nos lembra que Deus está presente em nossas vidas, que Ele caminha conosco e que podemos confiar Nele em todas as circunstâncias. Ele nos capacita a viver de acordo com Sua vontade, a ser luz em um mundo escuro e a trazer esperança àqueles que estão perdidos. Em Cristo, encontramos nosso propósito e nossa missão, e somos chamados a viver de maneira que glorifique a Deus em tudo o que fazemos.