Olá irmãos, hoje vamos mergulhar em um tema intrigante: o que Jesus quis dizer com o enigma de Marcos 7:15? Vamos explorar essa passagem e entender sua relação com as leis alimentares de Levítico 11. Será que Jesus realmente aboliu essas distinções? Vamos descobrir juntos!
Jesus e as Leis Alimentares
Em Marcos 7:14-19, Jesus diz algo que tem sido um enigma para muitos. Ele fala sobre o que realmente contamina uma pessoa. Mas antes de mergulharmos nisso, vamos entender o contexto.
Contexto Histórico. Nos tempos de Jesus, os fariseus tinham muitas tradições que não estavam na Bíblia. Eles acreditavam que tocar em certos alimentos ou pessoas poderia torná-los impuros. Mas essas tradições não tinham base nas Escrituras. As leis alimentares, por outro lado, estavam claramente estabelecidas em Levítico 11.
O Que Jesus Realmente Disse? Jesus disse: “Nada há fora do homem que, entrando nele, o possa contaminar; mas o que sai dele, isso é o que contamina o homem” (Marcos 7:15). Isso parece contradizer as leis alimentares, certo? Mas vamos analisar mais de perto.
Defendendo Moisés. Primeiro, seria estranho que Jesus rejeitasse as instruções de Moisés logo após defendê-las (Marcos 7:6-13). Segundo, as tradições dos fariseus não têm base no Antigo Testamento, mas as leis alimentares têm. Por último, quando Marcos 7:19 diz que Jesus purificou todos os alimentos, ele não está abolindo as leis alimentares, mas rejeitando as tradições sobre contaminação pelo toque.
O Que Realmente Torna Alguém Contaminado?
Em Marcos 7:19, Jesus observou que o alimento não vai para o coração, mas para o estômago, e depois é eliminado na digestão. Mas em Marcos 7:21-23, Ele explicou que o mal vem do coração, o centro de quem a pessoa é. Ele apresentou uma lista de pecados que começam com maus pensamentos, e terminam em más ações.
A Lista de Pecados. Jesus mencionou uma série de pecados que começam com maus pensamentos e terminam em más ações. Ele disse: “Porque do interior do coração dos homens saem os maus pensamentos, os adultérios, as prostituições, os homicídios, os furtos, a avareza, as maldades, o engano, a dissolução, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura” (Marcos 7:21-22). Isso mostra que a verdadeira contaminação vem de dentro, não de fora.
A Relação com os Mandamentos. Quando combinamos o quinto mandamento (Marcos 7:10) com essa lista de pecados (Marcos 7:21-23), percebemos que Jesus mencionou todos os mandamentos da segunda tábua do Decálogo. Além disso, em Marcos 7:7, Ele Se referiu à adoração vã, que diz respeito à essência dos primeiros quatro mandamentos do Decálogo. Assim, ao longo dessa passagem, Jesus Se posicionou como defensor da lei de Deus.
O Coração Sob o Controle de Deus. Podemos ter uma teologia correta, mas não ter o coração sob o controle de Deus? O que Cristo mais deseja é redimir Sua herança do domínio de Satanás. No entanto, antes de sermos libertos do poder de Satanás exteriormente, precisamos ser redimidos de seu poder dentro de nós. O Senhor permite provações para sermos purificados do mundanismo, do egoísmo, de traços de caráter grosseiros e não semelhantes aos de Cristo.
A Purificação Através das Provações
Tolera que passem sobre nosso ser as águas profundas da tribulação, para que O conheçamos, e a Jesus Cristo, a quem enviou, para que experimentemos o desejo intenso de ser purificados de toda a contaminação e saiamos da prova mais puros, santos e felizes. Muitas vezes entramos na fornalha da provação com a alma entenebrecida pelo egoísmo; se, porém, permanecermos pacientes sob a mais severa provação, refletiremos, ao sair dela, o caráter divino. Se Seu propósito na aflição for alcançado, “fará com que a sua justiça sobressaia como a luz e que o seu direito brilhe como o Sol ao meio-dia” (Salmo 37:6).
A Importância da Perseverança. Não há perigo de que o Senhor despreze as orações de Seu povo. O perigo está em que desanimem na tentação e prova e deixem de perseverar em oração (Parábolas de Jesus, páginas 98, 99). Nosso Salvador, que compreende as lutas de nosso coração, e conhece a fraqueza de nossa natureza, Se compadece de nossas enfermidades, perdoa nossos erros, e nos concede os benefícios que ardentemente desejamos.
Os Frutos do Espírito
Alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade e fidelidade são os elementos do caráter cristão. Estes preciosos dons são os frutos do Espírito, e a coroa e escudo do cristão. Quando essas virtudes reinam no lar, os filhos são, “na sua mocidade, como plantas viçosas, e que as nossas filhas sejam como colunas, esculpidas para um palácio” (Salmo 144:12). Esses dons celestiais não dependem de circunstâncias, nem da vontade do imperfeito juízo do homem. Nada pode prover uma satisfação mais perfeita do que o cultivo de um caráter cristão; as mais exaltadas aspirações não podem almejar algo mais elevado do que isso.
📚 Livros para Referência:
-
- “O Desejado de Todas as Nações” de Ellen White
- “A Bíblia que Jesus Lia” de Philip Yancey
- “Paulo, o Apóstolo da Graça: sua Vida, Cartas e Teologia” de F. F. Bruce
- “Atos dos Apóstolos“, de Ellen White

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