Por que os ímpios serão ressuscitados? 2Coríntios 5:10; Romanos 14:10,11; Apocalipse 20:11-15.
Para resolver de uma vez por todas o problema do pecado, é essencial que todos reconheçam a justiça de Deus. A Bíblia nos diz em 2 Coríntios 5:10 e Romanos 14:10-11 que todos comparecerão perante o tribunal de Cristo. No final, todo joelho se dobrará e reconhecerá a justiça divina no grande conflito. Até mesmo Satanás e seus anjos admitirão que nunca houve justificativa para a rebelião. Ellen White descreve essa cena de forma vívida:
“Logo que os livros de registro são abertos e o olhar de Jesus incide sobre os ímpios, eles se recordam de todo pecado cometido. Veem exatamente onde seus pés se desviaram do caminho da pureza e da santidade, precisamente até onde o orgulho e a rebelião os levaram na violação da lei de Deus. As sedutoras tentações que estimularam cedendo ao pecado, as bênçãos pervertidas, os mensageiros de Deus desprezados, as advertências rejeitadas, as ondas de misericórdia rebatidas pelo coração obstinado, impenitente – tudo aparece como que escrito com letras de fogo.” (O Grande Conflito, página 551, 553)
Nesse julgamento final, o mundo ímpio estará diante do tribunal de Deus, acusado de alta traição contra o governo celestial. Sem ninguém para pleitear sua causa, estarão sem desculpa, e a sentença de morte eterna será pronunciada contra eles. Esse momento será crucial para que todos compreendam a gravidade do pecado e a justiça de Deus. A ressurreição dos ímpios serve para que eles próprios reconheçam seus erros e a justiça das ações divinas.
O que a Bíblia revela sobre a destruição do pecado e dos pecadores e a recompensa dos justos? Apocalipse 20:9; Salmo 37:20; Malaquias 4:1,2
A Destruição do Pecado e dos Pecadores
A Bíblia revela que Satanás e seus anjos serão destruídos no lago de fogo. O pecado e os pecadores serão eliminados, consumidos e não atormentados eternamente. Apocalipse 20:9 nos diz que o fogo descerá do céu e os devorará. A expressão “para todo o sempre” em alguns contextos bíblicos não significa “de forma infinita”, mas sim “até que algo seja totalmente concluído” (Êxodo 21:6; 1 Samuel 1:22, 28; Judas 1:7; 2 Pedro 2:4-6). Para os perdidos, a destruição é eterna, mas o ato de destruir não é contínuo. Deus não é um torturador eterno.
Uma das duas eternidades aguarda a todos nós. Infelizmente, os perdidos receberão o “salário” da morte eterna. Nossa esperança está em confiar na justiça de Jesus. A destruição dos ímpios é um ato de justiça divina, que visa eliminar o pecado de uma vez por todas, garantindo que o universo seja purificado e que o mal não mais exista.
A compreensão dessa verdade é fundamental para que possamos viver uma vida de acordo com os preceitos divinos. Saber que Deus é justo e que o pecado será erradicado nos dá a certeza de que estamos no caminho certo ao seguir os ensinamentos de Jesus. Essa esperança nos motiva a perseverar, mesmo diante das dificuldades e tentações que enfrentamos diariamente.
Uma das duas eternidades aguarda a todos nós. Infelizmente os perdidos receberão o “salário” da morte eterna. Por que nossa esperança está em confiar na justiça de Jesus?
O Grande Despertar
Depois dos mil anos, Jesus deixará a cidade acompanhado pela hoste dos remidos e será escoltado em Seu caminho pela multidão angelical. Em majestade assombrosa, Ele convocará os ímpios mortos. Eles serão despertados de seu longo sono, e que despertar terrível será! Eles contemplarão o Filho de Deus em Sua majestade severa e glória resplandecente. Todos, assim que O virem, saberão que Ele é o crucificado que morreu para salvá-los, a quem tinham desprezado e rejeitado. São tantos quanto a areia à beira-mar.
Na primeira ressurreição, todos surgem em uma beleza imortal, mas na segunda, as marcas da maldição são visíveis em todos. Todos surgem da mesma maneira como desceram às suas sepulturas. Aqueles que viveram antes do dilúvio surgem com sua estatura gigantesca, mais de duas vezes mais alta do que as pessoas que vivem atualmente na Terra, e bem proporcionados. Uma imensa multidão de reis, guerreiros, estadistas e nobres, até os mais degradados, surgem juntos na Terra desolada.
Quando contemplam Jesus em Sua glória, ficam atônitos e tentam se esconder de Sua presença terrível. Esse momento será de grande impacto, pois todos reconhecerão a majestade e a justiça de Cristo. A visão de Jesus em Sua glória será um testemunho poderoso da verdade divina e da justiça do julgamento final. Esse despertar será um marco na história da humanidade, onde todos compreenderão plenamente as consequências de suas escolhas e ações.
A Pecaminosidade do Pecado
No início do grande conflito, os anjos não entendiam a pecaminosidade do pecado. Se tivesse sido permitido que Satanás e seus anjos colhessem os plenos frutos de seu pecado, teriam perecido. Mas não seria mostrado aos seres celestiais que isso é o inevitável resultado do pecado. Permaneceria uma dúvida sobre a bondade divina, que, como uma semente ruim, produziria seu fruto mortal de pecado e aflição.
Porém, não será assim quando terminar a grande controvérsia. Naquele momento, tendo sido completado o plano da redenção, o caráter de Deus será revelado a todos os seres inteligentes. Os preceitos de Sua lei serão vistos como perfeitos e imutáveis. O pecado terá revelado sua natureza, e Satanás, seu caráter. Então a eliminação do pecado vindicará o amor de Deus e estabelecerá Sua honra perante um Universo de seres que se agradam em fazer Sua vontade, e em cujo coração está Sua lei.
Por essas razões, os anjos podiam se alegrar ao contemplarem a cruz do Salvador. Embora ainda não compreendessem tudo, sabiam que a destruição do pecado e de Satanás estava para sempre assegurada, que a redenção do ser humano era certa e que o Universo estava para sempre a salvo. O próprio Cristo compreendeu plenamente os resultados do sacrifício feito no Calvário. Ele pensava em tudo isso quando, na cruz, exclamou: “Está consumado!” (João 19:30; O Desejado de Todas as Nações, página 615, 616).
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