A verdadeira fé e pureza são temas importantes na Bíblia. Em Marcos 7 e 8, Jesus nos mostra o que realmente significa ser puro para Deus. Ele desafia as tradições religiosas da época e nos ensina que a contaminação vem de dentro, não de fora. Vamos explorar essas histórias e entender o simbolismo do pão e as lições que elas nos trazem.
Compreender a verdadeira pureza é essencial. Em um mundo que valoriza mais as aparências do que a essência, Jesus nos chama a olhar para dentro de nós mesmos. Ele nos desafia a deixar de lado as práticas superficiais e buscar uma fé genuína, que se manifesta em ações e pensamentos puros.
Neste artigo, vamos mergulhar nos capítulos 7 e 8 de Marcos, examinando os ensinamentos de Jesus e como eles se aplicam à nossa vida hoje. Vamos descobrir como viver uma vida de verdadeira pureza, baseada em um coração transformado pelo amor e pela graça de Deus.
A Controvérsia das Tradições Religiosas
No início de Marcos 7, Jesus causa uma grande polêmica ao rejeitar as tradições religiosas dos rabinos. Ele diz que a verdadeira contaminação não vem do que entra no corpo, mas do que sai do coração. Isso foi revolucionário, pois desafiava diretamente as práticas religiosas da época, cheias de rituais e cerimônias externas.
Jesus explica que pureza e impureza são questões do coração. Ele diz: “Não existe nada fora da pessoa que, entrando nela, possa contaminá-la; mas o que sai da pessoa é o que a contamina” (Marcos 7:15). Com isso, Ele nos ensina que a verdadeira fé não é seguir regras externas, mas ter um coração puro e uma mente focada em Deus. Essa visão desafia a tradição e nos convida a refletir mais profundamente sobre nossa espiritualidade.
Os líderes religiosos da época estavam mais preocupados com rituais do que com a transformação interior. Eles impunham regras rígidas que afastavam as pessoas de Deus. Jesus, ao rejeitar essas tradições, nos mostra que a verdadeira adoração a Deus deve vir de um coração sincero, não de uma conformidade externa.
O Encontro com a Mulher Siro-Fenícia
Depois, Jesus vai para a região de Tiro e Sidom, onde encontra uma mulher siro-fenícia. Este encontro é notável porque a mulher, apesar de não ser judia, mostra uma fé extraordinária. Ela pede a Jesus que cure sua filha possuída por um espírito impuro. Inicialmente, Jesus responde de forma que parece desdenhosa, mas a mulher persiste, mostrando uma fé inabalável.
A mulher siro-fenícia é a única pessoa nos evangelhos a “vencer” uma discussão com Jesus. Sua fé e persistência são recompensadas quando Jesus finalmente concede seu pedido e cura sua filha. Este encontro nos ensina que a fé verdadeira transcende barreiras culturais e religiosas. Jesus reconhece a fé genuína, independentemente da origem da pessoa.
Este episódio também destaca a importância da humildade e da persistência na busca por Deus. A mulher não se deixou abater pela resposta inicial de Jesus; em vez disso, ela persistiu, mostrando que a verdadeira fé é resiliente e perseverante. Este é um poderoso lembrete de que devemos buscar a Deus com todo o nosso coração, independentemente dos obstáculos que possamos enfrentar.
A Cura e a Verdadeira Fé
Marcos 7 também relata outra cura realizada por Jesus, que revela um importante fato: por mais impressionantes que sejam os milagres, muitas vezes eles não são suficientes para abrir os corações à verdade. Os líderes religiosos, apesar de testemunharem muitos milagres, permaneceram decididos a rejeitar Jesus. Isso nos leva a refletir sobre a natureza da fé e o que realmente significa acreditar.
Os milagres de Jesus eram sinais do Reino de Deus, mas eles não garantiam a aceitação de Sua mensagem. A fé verdadeira vai além de buscar sinais e maravilhas; ela envolve uma transformação interior e um compromisso sincero com os ensinamentos de Jesus. Os líderes religiosos estavam cegos para essa verdade, pois estavam mais preocupados com suas tradições do que com a mensagem de Jesus.
Este relato nos desafia a examinar nossa própria fé. Estamos buscando a Deus apenas por Suas bênçãos e milagres, ou estamos verdadeiramente comprometidos com uma vida de obediência e transformação? A verdadeira fé é aquela que nos leva a uma mudança de coração e mente, alinhando-nos com a vontade de Deus e nos afastando das práticas superficiais.
O Significado do Pão em Marcos 8
No capítulo 8 de Marcos, Jesus usa o pão como um símbolo para ensinar sobre tradições e ensinos humanos. Ele adverte Seus discípulos sobre o “fermento dos fariseus”, referindo-se às doutrinas e práticas que distorcem a verdadeira fé. O pão, um alimento básico, é usado por Jesus para ilustrar como algo aparentemente simples pode ser corrompido por influências externas.
Jesus realiza o milagre da multiplicação dos pães, alimentando uma grande multidão com apenas alguns pães e peixes. Este milagre não é apenas uma demonstração de Seu poder, mas também um ensinamento sobre a provisão divina e a importância de confiar em Deus. No entanto, os discípulos ainda não compreendem plenamente o significado desse milagre e continuam preocupados com questões materiais.
A advertência de Jesus sobre o fermento dos fariseus é um chamado à vigilância espiritual. Ele nos alerta para não sermos influenciados por ensinos que desviam da verdade de Deus. Assim como o fermento pode levedar toda a massa, doutrinas errôneas podem corromper nossa fé. Devemos estar atentos e firmes na Palavra de Deus, buscando sempre a verdade e evitando as tradições humanas que não têm fundamento bíblico.
A Infância de Jesus e a Lei dos Rabinos
Desde bem pequenas, as crianças judias eram rodeadas das exigências dos rabinos. Para cada ato, até para os menores detalhes da vida, eram prescritas regras rígidas. Sob a direção dos mestres das sinagogas, os jovens eram instruídos nos inúmeros regulamentos que, como israelitas ortodoxos, esperava-se que observassem. Jesus, porém, não Se interessava por essas coisas. Desde a infância, agia independentemente das leis dos rabinos. As Escrituras do Antigo Testamento eram Seu constante estudo, e as palavras “assim diz o Senhor” estavam sempre em Seus lábios.
À medida que a condição do povo começava a se tornar clara em Sua mente, Ele via que as exigências da sociedade e as de Deus estavam em constante conflito. As pessoas estavam se afastando da Palavra de Deus e exaltando teorias que elas mesmas inventavam. Observavam ritos tradicionais que não tinham qualquer poder. Seu culto era uma simples rotina de cerimônias; as sagradas verdades que deviam ser aprendidas estavam ocultas aos adoradores. Jesus via que, em seus cultos sem fé, não encontravam paz. Não conheciam a liberdade de espírito que receberiam ao servirem a Deus verdadeiramente. Jesus viera para ensinar o significado da adoração ao Senhor e não podia aprovar a mistura de exigências humanas com os preceitos divinos (O Desejado de Todas as Nações, página 59).
Ao povo e, depois mais plenamente, aos discípulos, Jesus explicou que a contaminação não vem do exterior, mas do interior. Pureza e impureza pertencem ao coração. É o ato perverso, a palavra ou pensamento mau e a transgressão da lei de Deus, não a negligência de cerimônias externas criadas pelo homem, que o contamina.
A Rejeição dos Falsos Ensinamentos
Os discípulos notaram a fúria dos espias, ao serem expostos seus falsos ensinos. Viram os olhares irados e ouviram as palavras de descontentamento e vingança que murmuravam. Esquecendo quantas vezes Cristo dera provas de ler os corações como um livro aberto, falaram com Ele sobre o efeito de Suas palavras. Esperando que Ele acalmasse os enraivecidos juízes, disseram a Jesus: “Sabia que os fariseus, ouvindo o que o senhor disse, ficaram escandalizados?” (Mateus 15:12). Cristo respondeu: “Toda planta que Meu Pai celestial não plantou será arrancada” (verso 13).
Os costumes e tradições tão altamente considerados pelos rabinos eram deste mundo, não do Céu. Por maior que fosse sua autoridade para com o povo, não podiam resistir à prova da parte de Deus (O Desejado de Todas as Nações, páginas 313, 314). Jesus deixa claro que qualquer ensinamento ou prática que não tenha origem divina será eventualmente desarraigado. Ele nos chama a examinar nossas crenças e práticas à luz da Palavra de Deus, rejeitando tudo o que não esteja em conformidade com Seus preceitos.
A substituição dos preceitos de Deus pelos dos homens ainda não cessou. Mesmo entre os cristãos, existem instituições e costumes que não têm melhor fundamento que as tradições dos pais da igreja. Essas instituições, baseadas em autoridade meramente humana, têm substituído as que foram estabelecidas por Deus. As pessoas se apegam às suas tradições e reverenciam seus costumes, nutrindo ódio contra os que procuram lhes mostrar que estão em erro. Nesta época, quando somos orientados a chamar a atenção para os mandamentos de Deus e a fé de Jesus, vemos a mesma inimizade que se manifestava nos dias de Cristo (O Desejado de Todas as Nações, página 314).
📚 Livros para Referência:
-
- “O Desejado de Todas as Nações” de Ellen White
- “A Bíblia que Jesus Lia” de Philip Yancey
- “Paulo, o Apóstolo da Graça: sua Vida, Cartas e Teologia” de F. F. Bruce
- “Atos dos Apóstolos“, de Ellen White

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