No livro de Apocalipse, encontramos profecias intrigantes sobre uma besta que se levanta do mar, recebendo autoridade do dragão. Mas quem é essa besta e o que ela representa? Vamos mergulhar nas Escrituras e desvendar os mistérios por trás desse poder apóstata.
De acordo com Apocalipse 13:1-2, a besta surge do mar e recebe seu poder, trono e grande autoridade do dragão. Mas quem é o dragão? Apocalipse 12:3-5 nos dá a resposta: o dragão é aquele que tentou destruir o Filho da mulher ao nascer, ou seja, o diabo agindo por meio de Roma para matar Jesus (Mateus 2:16-18). Assim, percebemos que o arqui-inimigo de Deus usa instituições políticas e religiosas para realizar seus propósitos nefastos.
Quando Constantino mudou a capital de Roma para Constantinopla, deixou um vácuo de poder no trono dos Césares em Roma. Isso abriu caminho para que o bispo de Roma se exaltasse acima de todos os homens na Terra e até mesmo acima de Deus. Como disse Isaac Backus: “Ao mudar a sede do império para Constantinopla, […] Constantino abriu caminho para que o bispo de Roma se exaltasse acima de todos os homens na Terra e acima do Deus do Céu” (The Infinite Importance of the Obedience of Faith, and of Separation from the World, p. 16).
A Besta: Um Poder Religioso Apóstata
A besta do mar não é uma pessoa, mas sim uma organização religiosa que substituiu a verdade de Deus por decretos humanos. Ela se ergue de Roma e se torna um sistema mundial de adoração (Apocalipse 13:3-4). Mas como podemos identificar esse poder apóstata?
Apocalipse 13:1, 6 nos dá uma palavra-chave: blasfêmia. A Bíblia define blasfêmia como um ser humano comum afirmando ser Deus ou reivindicando o poder de perdoar pecados (João 10:33; Lucas 5:21). O papado romano possui duas doutrinas distintivas que se encaixam nessa definição: afirma que seus sacerdotes têm o poder de perdoar pecados e que o papa tem as prerrogativas de Deus na Terra.
Essa besta é representada pela igreja de Roma, uma organização eclesiástica revestida de poder civil, tendo autoridade para punir todos os dissidentes. Ela faz parte de uma cadeia de profecias que começa com o dragão procurando destruir a Cristo em Seu nascimento (Apocalipse 12). Embora o dragão represente primeiramente Satanás, em sentido secundário, é também um símbolo de Roma pagã (O Grande Conflito, página 369).
📚 Livros para Referência:
- “O Desejado de Todas as Nações” de Ellen White
- “A Bíblia que Jesus Lia” de Philip Yancey
- “Paulo, o Apóstolo da Graça: sua Vida, Cartas e Teologia” de F. F. Bruce
- “Atos dos Apóstolos“, de Ellen White
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