Na Bíblia, fica claro que Deus não foi responsável pela entrada do pecado; não houve nenhum afastamento arbitrário da graça divina nem deficiência no governo divino que desencadeasse a rebelião. O pecado é um intruso, cuja presença não pode ser justificada. É misterioso, inexplicável; explicá-lo é defende-lo. (…) Se Lúcifer tivesse sido imediatamente eliminado, os habitantes do céu e de outros mundos teriam servido a Deus por medo, em vez de por amor. A influência do enganador não teria sido completamente destruída, nem o espírito de rebeldia teria sido totalmente erradicado. O mal precisa ser permitido para amadurecer. Para o bem de todo o universo, por intermináveis eras, Satanás deve desenvolver ainda mais seus princípios, para que suas acusações contra o governo divino possam ser vistas em sua verdadeira luz por todos os seres criados, e para que a justiça e misericórdia de Deus e a imutabilidade de Sua lei sejam colocadas além de qualquer dúvida.
Muitas pessoas se perguntam como um ser sem pecado, como Lúcifer, pôde pecar pela primeira vez. Por que o pecado é tão “misterioso” e “inexplicável”? Como podemos explicar esse primeiro pecado sem justificá-lo ou defendê-lo? Em outras palavras, por que explicar sua origem seria o mesmo que justificá-la? Por que Deus não simplesmente apagou Satanás da existência logo no início? Por que o mal precisa “ser permitido a amadurecer”? Como isso é “para o bem do universo inteiro por eras intermináveis”? Essas questões nos levam a refletir profundamente sobre a natureza do conflito espiritual que permeia nossa realidade.
O Conflito Não É de Poder, Mas de Caráter
O conflito entre Deus e Satanás não é uma disputa de força bruta, mas sim de caráter. Entender essa distinção é crucial para compreendermos o propósito do conflito. O pecado e a rebelião não surgiram porque Deus falhou em algum aspecto de Sua soberania, mas porque os seres criados, dotados de livre-arbítrio, escolheram desobedecer. Satanás, em sua tentativa de desafiar a autoridade divina, buscou convencer os seres celestiais de que ele era superior a Deus. Ele ofereceu uma alternativa à obediência pura e ao amor incondicional que caracterizam a relação entre os seres criados e seu Criador.
Ao permitir que o mal amadurecesse, Deus teve um propósito maior: expor as verdadeiras intenções de Satanás e fortalecer a confiança na justiça e misericórdia divinas. Afinal, a verdadeira vitória sobre o mal não é conquistada pela força física, mas pela santidade e pela fidelidade. Este é um conflito de princípios, onde a pureza de coração e a obediência a Deus são testadas e celebradas. Cada ser humano é chamado a tomar partido nesse conflito, seja por meio de escolhas diárias ou pela decisão de seguir ou rejeitar Cristo. Nossa resposta a este desafio molda quem somos e para quem estamos lutando.
É importante lembrar que a batalha espiritual não é apenas uma questão de enfrentar forças externas, mas também de combater os desejos e tentações internas que nos afastam de Deus. Como dizem as Escrituras: “Nós não lutamos contra seres humanos, mas contra potências, contra autoridades, contra os governadores deste mundo das trevas, contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais.” (Efésios 6:12). Cada dia traz novos desafios e oportunidades para mostrar a quem pertencemos. Devemos nos render a Deus, permitindo que Ele lide com nossas batalhas, enquanto cooperamos com Sua vontade.
A Importância de Lutar Pelo Bem
Cada pessoa tem um papel a desempenhar nesta grande batalha espiritual. Não há neutralidade no conflito entre o bem e o mal. Todos nós somos testemunhas, ou a favor, ou contra Cristo. Jesus chama aqueles que se unem sob Sua bandeira a participar do conflito como soldados fiéis, para que possamos herdar a coroa da vida. A luta diária contra o mal exige coragem, determinação e confiança em Deus. Ele conhece o poder de cada tentação e sabe exatamente como lidar com cada emergência. Ele está ao nosso lado em nossas lutas diárias, guiando-nos através de cada caminho de perigo.
Em meio a um mundo degenerado, é essencial que haja um povo zeloso por boas obras, firme em meio às impurezas. Essas pessoas seguram-se firmemente na força divina, tornando-se imunes a toda tentação. Mesmo quando mensagens de comunicação maligna tentam corromper suas mentes, elas permanecem unidas a Deus e aos anjos, como aqueles que “vêem não e ouvem não”. Elas têm um trabalho a realizar, que ninguém pode fazer por elas: lutar pela fé e agarrar a vida eterna. É um chamado para cada um de nós, especialmente os jovens, a fortalecer nossos princípios e resistir às tentações do Diabo, permanecendo fiéis ao Senhor.
Queridos irmãos e irmãs, este é o momento de fortalecer nossas almas e nos prepararmos para a grande batalha. Não estamos sozinhos nessa jornada; o Príncipe da Vida está ao nosso lado, liderando Seu trabalho. Ele conhece o poder de cada tentação e está sempre pronto para nos guiar e proteger. Vamos nos render a Ele, permitindo que Ele lide com nossas batalhas, enquanto cooperamos com Sua vontade. Assim, podemos sair vitoriosos, mais que vencedores, através daquele que nos ama.
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